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Nossa viagem pela Highway 1, na Califórnia – dicas e pontos de parada

Quando eu perguntei à Analuisa, minha amiga que mora em San Francisco, que meio ela recomendava para fazermos o trajeto de San Francisco até Los Angeles, ela foi enfática: de carro. De carro e pela Highway 1, ela sugeriu. Segundo suas palavras, era uma “viagem da vida”. Como confio muito nos conselhos dela, não pensamos duas vezes. Decidimos que faríamos assim. Depois de uma visita de quatro dias em San Francisco na casa dela, para curtir nosso afilhado, partiríamos para Los Angeles e, mais tarde Las Vegas.

Hoje, começo a dividir um pouco dessa viagem com vocês, minhas impressões e dicas. E, no post de hoje, vou falar justamente sobre esse trajeto de carro pela Highway 1, que é, realmente, uma viagem pra vida. Inesquecível. Eu fecho os olhos e fico me lembrando de todas as paisagens maravilhosas que eu vi. A Highway 1 é, na verdade, a antiga rodovia que ligava San Francisco a Los Angeles, pela costa do Pacífico. Hoje, há outro trajeto mais curto inclusive, mas que não passa pela costa. Quem opta por fazer a Highway 1 o faz justamente pela beleza do caminho, para contemplar uma beleza única. É uma experiência muito marcante, já que não há, digamos, muitos traços de civilização (inclusive, em vários trechos ficamos sem sinal de celular). A rodovia em pista simples conta somente com a montanha à sua esquerda e a imponência do Pacífico à sua direita.

A Ana sugeriu que a gente fizesse a viagem de carro em dois dias, partindo de San Francisco até Los Angeles. Como você acaba parando muitas vezes – acredite, você vai querer parar a cada curva – o tempo de viagem acaba se alongando e fica mais tranquilo fazer em, pelo menos dois dias. Saímos de San Francisco numa segunda-feira, por volta do meio-dia e seguimos até Carmel pela 101. Isso porque nós já tínhamos feito esse trajeto, passando por Monterey e pela 17-Mile Drive há dois anos, que é um trecho super bonito também e deve ser incluído em seu roteiro! Tem um post aqui no blog e você pode conferir os detalhes clicando aqui. Em Carmel, almoçamos no restaurante Flaherty’s Oyster Bar (6th Ave , Between Dolores & San Carlos, Carmel-By-The-Sea). A comida estava ótima e os preços para os pratos principais giram começam em U$16, em média. Carmel é uma cidade super fofinha! Vale a pena dar uma passeada por suas ruas charmosas.

McWay Falls

Saindo de Carmel aí sim: começamos nosso trajeto pela Highway 1. A dica é: prepare-se, pois você vai parar muito pelo caminho. Estávamos com alguns pontos marcados no roteiro, mas obviamente paramos muito mais. Não é para menos:  a Highway 1 é conhecida como uma das estradas mais lindas do mundo! Cada curva, uma surpresa, uma paisagem mais linda que a outra. Vou dividir o post por tópicos, porque acho que fica mais fácil!

  • O carro – nós usamos o Kaiak para pesquisar e alugar o carro que usamos – foi pela Hertz. Escolhemos retirá-lo em San Francisco mesmo, na cidade, e não no aeroporto. Por sugestão da minha amiga, não alugamos um conversível. Foi um Sedan mesmo, simples e, na boa? Foi suficiente. Como nosso destino final era Los Angeles, escolhemos devolver o carro no aeroporto de Los Angeles, para usar o carro na cidade durante nossa estadia por lá. A Hertz oferece ônibus gratuito aos terminais do aeroporto. A devolução foi super prática – mas atenção: vá com antecedência para retirar o carro. O ideal é estar lá pelo menos uma hora antes. Para vocês terem ideia, Thiago marcou para retirar o carro às 9 mas só saiu de lá depois das 11h! Sobre os valores: gastamos cerca de U$500 – ficamos com o carro de segunda até sexta-feira. Abastecemos três vezes, no total – uma saindo de San Francisco, outra quase chegando em Los Angeles e a última em Los Angeles.
  • Preparação – como a Highway 1 é uma estrada dominada, digamos, pela natureza. Traduzindo em miúdos: você não vai ver dezenas de restaurantes, postos de gasolina e hoteis. Depois que saímos de Carmel, só quando chegamos em Cambria que havia mais opções. Lembro que antes disso, vi um posto de gasolina, uns dois hoteis, enfim, pouca coisa mesmo. Por isso, minha sugestão é abastecer o carro com água e muitos snacks! Além disso, sugiro baixar os mapas da viagem para uso offline, pelo menos até Cambria, pois não tínhamos nenhum sinal de celular antes disso (pouco depois de depois de partir de Carmel o sinal já começou a ficar ruim). Ah, e por mais que fosse verão, perto do Pacífico o vento era bem geladinho, então, sugiro ter uma jaqueta no carro!

  • Duração da viagem – nós saímos de San Francisco numa segunda, ao meio-dia, e chegamos em Los Angeles no dia seguinte, por volta das 20h. Como mencionei no início, pulamos a 17-Mile Drive (Monterey, Santa Cruz, etc). Então, acredito que talvez seja preciso calcular um tempo a mais para incluir esse trecho. Arrisco dizer mais um dia, para fazer com tranquilidade!
  • Hospedagem – como é uma viagem longa, não dá para fazer tudo num dia só, já que você vai parar muitas vezes – acredite, você vai querer parar! Portanto, escolhemos dormir em Cambria. Ficamos no hotel Castle InnNão fica longe da rodovia – e está localizado em frente ao Pacífico. Na mesma rua, há vários hoteis, no mesmo estilo. A diária incluía café da manhã simples, internet, banheiro privativo. Chegamos à noite e deixaram um bilhete na recepção avisando que deveríamos pegar a chave em um hotel que ficava a 150 metros dali. Foi tranquilo. O quarto era confortável e atendeu às nossas necessidades. O estacionamento era gratuito.
Ponte Bixby Creek

Nosso roteiro!

Como mencionei, tínhamos alguns pontos marcados no mapa para paradas, mas rolaram várias outras paradas aleatórias, principalmente quando começou a rola o pôr do sol… Abaixo, listo alguns dos pontos definidos.

  • Ponte Bixby Creek – é a ponte que aparece no seriado Big Little Lies, da HBO. Aliás, sugiro muito assistir ao seriado para já ir contemplando as paisagens de tirar o fôlego – sem contar que o enredo é ótimo! Eu tenho uma fascinação por pontes e não preciso nem dizer o quanto amei conferir essa de perto né? Como é um ponto famoso da Highway 1, havia muitas pessoas ali fazendo fotos – tem ângulos ótimos.
  • Nepenthe – é um restaurante charmosinho que tem uma vista bem privilegiada para o Pacífico. Infelizmente, quando passamos por lá, havia uma neblina e não deu para ter uma noção exata. Aliás, a neblina é outro ponto que preciso comentar: ela surgia em vários pontos da estrada. O Nepenthe tem um menu com comidas e bebidas. Também há um café ali, mas estava fechado.
  • Julia Pfeiffer Burns Park / McWay Falls – paramos nesse parque com um único objetivo: visualizar aMcWay Falls, uma cachoeira que desemboca no oceano. Para estacionar no parque, é preciso pagar U$10 – em cash. Bom já ter a quantia exata, pois não há nenhum funcionário, você coloca o dinheiro num envelope. Porém, vi carros estacionados no acostamento da estrada e li que é tranquilo fazer isso também. No parque, é só seguir as direções para a cachoeira. Tão lindo! Ainda avistamos um leão marinho de longe. O parque abre do nascer do sol ao pôr do sol.
Hearst Castle
  • Hearst Castle – tem que incluir no roteiro! Esse castelo fica numa região bem elevada, foi projetado por Julia Morgan, a primeira arquiteta mulher da Califórnia, e era a residência privada do magnata editorial William Randolph Hearst.  Tem 165 quartos, jardins, fontes e piscinas, e, para completar, vistas panorâmicas da costa. É possível conhecer o local através de um dos vários tours oferecidos. Nós escolhemos o Rooms Tour, indicado para quem visita pela primeira vez. Compramos pelo site, para garantir. Estacionamos o carro no centro de visitantes, retiramos nossas pulseiras e embarcamos no ônibus, que levar os grupos até o castelo. O tour levou uma hora e o local é muito lindo! Ah, bom saber que a temperatura lá em cima costuma ser mais quente, eu passei muito calor! Dá uma diferença de 10 graus, pelo menos! Ah, isso já foi no segundo dia – escolhemos o tour das 9h30.
Solvang
Morro Bay
  • Morro Bay – cidadezinha super fofa que fica na costa do Pacífico, cujo destaque fica por conta da Morro Rock, uma grande rocha que pode ser avistada do pier. Aliás, o pier é um lugar bem agradável para se caminhar, cheio de restaurantes. Almoçamos por ali, no Tognazzini’s Dockside Restaurant, que serve peixes e frutos do mar. Pedimos ostras e peixes grelhados. Os preços estavam bons, U$15 em média para pratos principais.
  • Los Olivos – uma rua cheia de vinícolas – sério, uma do lado da outra. Um bom lugar para se parar e comprar vinhos e/ou fazer degustação. Mas se você não for fazer isso, nem precisa ir até lá. Acabamos nem parando.
  • Solvang – réplica de uma cidade dinamarquesa. Parece de mentira! A arquitetura, o nome das ruas, a culinária. Super agradável. Tomamos um café da tarde na Birkholm’s Bakery & Cafe, uma delícia!

Depois de Solvang, seguimos direto até Los Angeles – mas isso é assunto para outro post. Malibu Beach estava no roteiro também, porém, estávamos muito cansados! Enfim, como falei lá no início, é uma viagem da vida. Com certeza, ficará na minha memória como uma das experiências de viagem mais lindas que já tive! Marquei os pontos citados no mapa a seguir!

Espero que minhas dicas tenham ajudado! Gostaria de aproveitar e agradecer à minha amiga Analuisa por toda a ajuda que ela nos deu com o roteiro e dicas, que tornaram nossa experiência muito melhor!


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